sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

OS MAIORAIS DO GOL NO FUTEBOL BRASILEIRO

Tenho o privilégio de acompanhar futebol desde o final da década de 60, como torcedor e a partir da década de 70 na qualidade de  jornalista. Nestes anos todos, vi jogar goleiros espetaculares, acima da média. A começar por Manga, que vi atuar no Botafogo, no Inter e no Coritiba. Neste último, convivi diariamente com o atleta durante as duas temporadas em que ele defendeu as cores do Alvi-verde. Depois, vi Ado (londrinense) defender o Corinthians e a Seleção Brasileira. Para mim, ele sempre foi melhor que Leão. Ocorre que Leão usava bem o marketing e apareceu bem mais que Ado na mídia e na Seleção. Nos início dos anos 70, tive o prazer de ver e conviver com Célio Maciel, outro monstro sagrado da meta do Coxa. Depois, veio Jairo, fantástico, sem sombra de dúvidas, uma muralha. No Atlético dos anos 80 brilharam Roberto Costa e Rafael. Tão bons que levaram Geraldo Damasceno, o popular Geraldino, a promover um polêmico revezamento de goleiros na Baixada. No plano internacional, tive o prazer de conhecer e ver jogar outros imortais da meta, mas prefiro me ater aos goleiros brasileiros no post de hoje.
A propósito, vou apresentar agora uma interessante pesquisa de um conceituado instituto internacional especializado em estudos do futebol, o CIES. Acompanhe!
Os goleiros ocupam um status particular nas equipes de futebol. As qualidades necessárias para jogar nesta posição são muito diferentes daquelas exigidas dos jogadores de linha. O  Relatório Mensal do Observatório de Futebol do CIES compara as características do goleiro com as dos jogadores que atuam noutras posições.

O estudo confirma a especificidade da posição do goleiro com base nos seguintes critérios: altura, idade, origem e mobilidade. Do ponto de vista da altura, os clubes são cada vez mais reticentes para promover goleiros com menos de 1,90 cm. Esta observação ocorre particularmente na Inglaterra e na Alemanha, onde a altura média dos goleiros já é superior a 1,90 cm.

Quanto à idade, a análise revela maior longevidade dos goleiros. A importância dada à experiência é particularmente notável na Inglaterra e na Itália. Em ambos os casos, os arqueiros têm, em média, mais de 29 anos de idade. Em todas as ligas pesquisadas, os goleiros titulares são significativamente mais velhos do que os da reserva.

Do ponto de vista da origem, o relatório mostra que o mercado de trabalho dos goleiros é muito menos internacional do que o dos jogadores das outras posições. A diferença é mais destacada em relação aos centroavantes. O estudo também indica que a diferença na porcentagem de expatriados (importados) entre goleiros e os atletas que atuam na linha  tende a aumentar.

Finalmente, a análise destaca a maior estabilidade dos goleiros. Sua duração média de permanência em seu clube empregador é muito maior do que para os jogadores de linha. Neste caso também, a maior diferença foi observada em comparação com os atacantes. Estes últimos são os mais móveis no mercado de trabalho dos jogadores de futebol.