terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

O orgulho do Paranavaiense José Willie

Recentemente estive na Band Curitiba. Fui acompanhar o  Dr. Eduardo Gurkewicz (Clinica Odontowicz) em uma entrevista que o renomado cirurgião-dentista concedeu ao Programa Band Entrevista, do conceituado jornalista José Willie. Aproveitei a oportunidade para colher o depoimento do colega, natural de Paranavaí, sobre o título inédito do ACP em 2007. A façanha está completando uma década, este ano, e levou-me a escrever um livro relatando a saga de um time do interior levar quase 60 anos para conquistar um título estadual.
José Willie não é jornalista esportivo, mas como a maioria dos brasileiros, gosta de futebol. E especialmente se orgulha quando o time de sua cidade se destaca.
Nossa conversa foi muito agradável. Willie falou do orgulho de ter vindo do interior e conquistado seu espaço no sempre disputado mercado da capital. Revelou também que quando criança costumava brincar no "buracão" onde, na década de 90, foi erguido o belo Estádio Dr. Waldemiro Wagner.
Trabalhamos juntos, em 1985 e 1986 na extinta Tv Curitiba (Rede Manchete). Ele apresentava o tele-jornal que antecedia o Manchete Esportiva, apresentado por mim e pelo Edson Militão. Tivemos uma bela convivência, mas não sabia que o colega admirava tanto meu trabalho quanto ele fez questão de ressaltar agora que, passados mais de 30 anos, nos reencontramos. Interessante é que a recíproca é verdadeira. Sempre gostei de seu estilo sóbrio, seguro e confiante, de apresentar telejornal. Reflete credibilidade. No rádio, José Willie também tem uma performance notável. Digna da grande audiência que seus programas sempre têm.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Coritiba vira freguês do Paraná nos anos 90!

A vitória mais expressiva na memorável campanha do bicampeonato estadual do Paraná Clube aconteceu no dia 27 de fevereiro. Jogando no Estádio Couto Pereira, o Tricolor aplicou uma sonora e histórica goleada ao dono da casa: 4X0.
Era tarde de domingo. O estádio do Coritiba estava lotado. Mais de 30 mil pessoas em suas arquibancadas. A galera paranista tomou conta do setor de entrada, superlotando os lugares a ela destinados. Em campo, o time deu show.
A goleada começou na cobrança de uma penalidade máxima, originada pela entrada violenta de um zagueiro Coxa no atacante Saulo. A cobrança foi executada, e convertida, pelo próprio Saulo, no canto baixo esquerdo do goleiro adversário, sem chance de defesa, logo nos minutos iniciais do clássico.
Ainda no primeiro tempo, a defesa coritibana rebateu a bola da entrada da área. Ela caiu no pé direito do meia Ézio que a dominou, olhou para a meta e chutou – colocado – no canto baixo direito: golaço.

No segundo tempo, envolvendo por completo seu adversário, o time do Paraná Clube protagonizou jogadas espetaculares. Uma delas resultou no terceiro gol. Paulo Miranda, recebeu a bola na meia-direita e virou, de imediato, para Claudinho que penetrava pela esquerda. O meia-atacante, com a bola dominada, penetrou na área, driblou o goleiro e, de pé direito, colocou-a no canto baixo esquerdo: mais uma pintura de gol, com a assinatura de Claudinho, agora formando dupla de ataque com Saulo.

Foi de Saulo o quarto gol. A bola, cruzada da direita, foi alta para a área do Coxa. O “Tigre da Vila” subiu entre dois zagueiros adversários, e cabeceou para a meta, certeiro: Paraná Clube 4X0 Coritiba. Goleada espetacular, impiedosa mesmo. E o Coxa começava a virar “freguês de caderno” do Tricolor.



Saulo, terror constante para a zaga do Coxa.


NOTA: Este e outros fatos históricos estarão no Livro Paraná Clube-A Década de Ouro, a ser lançado em julho deste ano, comemorando o Jubileu de Prata do Primeiro Título Brasileiro do Tricolor da Vila.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A volta por cima de Maurilio

Um episódio desconhecido do público, ocorrido durante a vitoriosa campanha do primeiro título de Campeão Brasileiro conquistado pelo Paraná Clube, envolve o atacante Cleverson Maurílio Silva. Brasiliense, ele chegou ao clube pouco antes da fusão. Com 18 anos de idade, veio fazer teste no Esporte Clube Pinheiros. O técnico da categoria juvenil era Hamilton Nofcke, um descobridor de talentos. Em poucos treinamentos, foi aprovado. Quando da fusão, não passou pela peneirada gigantesca que selecionou alguns poucos para permanecer. Isso porque havia viajado, autorizado pelo clube, para sua cidade. Quando voltou, pensou que seria dispensado. Mas ao vê-lo treinar entre os juniores, o consagrado treinador Rubens Minelli determinou que fosse incorporado ao elenco de profissionais.
Assim, o ponteiro direito Maurilio foi se encorpando já nos primeiros anos do Paraná Clube. Durante a permanência de Rubens Minelli, foi logo guindado à condição de titular, ainda muito jovem. Mas com a chegada de Otacilio Gonçalves e a contratação de novos atletas, suas chances de jogar foram diminuindo. Até que em 1992, estava para ser negociado com o Sport de Campo Mourão. Havia outros quatro jogadores na mesma posição de Maurilio e este é a quinta opção do treinador. Mas o quadro mudou. 25 anos depois, é o ex-ponta, atual treinador, quem conta como conseguiu permanecer no clube:
- Meu início no clube foi muito bom. Comecei titular do novo clube, em 1990. No título de Campeão Paranaense de 1991, joguei também a maioria dos jogos. Tive a felicidade de participar daquele vitorioso clube. Mas em 92, minha situação mudou e quase fui mandado para um time do interior. O treinador Otacilio me chamou e disse que iria me liberar porque eu era sua quinta opção na posição. Eu ia entrar na negociação envolvendo o Ademir Alcântara, atacante de área que o clube precisava. Depois que conversamos, fui para um canto das sociais de Vila Capanema e, muito triste, chorando mesmo, fiz uma oração. Conversei com Deus e pedi a Ele que me desse mais uma oportunidade de mostrar meu valor.
Naquela mesma semana, enquanto a negociação não se consumava, houve problemas que impediram que os demais jogadores da posição pudesse ser aproveitados no jogo com o União São João. Aí, fui novamente chamado pelo Otacílio que me comunicou que eu iria para o jogo e que seria titular. Lembrei da oração que fiz e a revelei ao treinador. Ele me disse, então aproveita essa oportunidade. Ela não veio por acaso. Acabou que fui muito bem no jogo, venci o duelo com Roberto Carlos, lateral do time de Araras, e reconquistei a confiança do treinador. Dali por diante, tudo mudou. Contribui decisivamente na campanha do título brasileiro. Só não participei do primeiro jogo das semifinais, com o Santa Cruz, mas voltei no segundo e fui até a decisão final, naquela memorável noite em Salvador.
Agora como treinador, sempre que possível, conto esse episódio aos meus jogadores e enfatizo que nunca devemos desanimar, pois de um momento para o outro, tudo muda. Assim, precisamos estar sempre preparados para o melhor. E para superar os mais momentos com muito trabalho, determinação e fé em Deus.
Maurílio ganhou não apenas mais uma oportunidade com Otacílio Gonçalves. Ganhou também a confiança do treinador que, em 1993, ao ser contratado pela Sociedade Esportiva Palmeiras, levou o atacante junto para o futebol paulista. Em 1995 voltou para ser tricampeão paranaense e em 2002 ajudou o time a evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Esta e outras histórias que marcaram a trajetória para a conquista do Primeiro Título de Campeão Brasileiro pelo Paraná Clube, completando agora seu "Jubileu de Ouro" estarão no Livro Paraná Clube-A Década de Ouro que será lançado no próximo mês de julho.



Registro fotográfico do momento em que entrevistei Maurílio para colher seu depoimento exclusivo para o blog do Lacour e para o livro Paraná Clube-A Década de Ouro, ontem ao final da tarde, no Hotel Master Express em Curitiba.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

VICA, xerifão do nosso Trio de Ferro

No início da década de 1990, Coritiba, Atlético e Paraná, pela ordem, tiveram em sua zaga um xerifão. Seu nome: José Luis Mauro. Apelido: Vica. Não era muito alto para a posição, tinha 1,83, mas sua impulsão espetacular e seu posicionamento compensavam esta falta de altura, tão exigida para zagueiros. Não era um zagueiro técnico, mas também não era grosso de bola. Tinha muitas qualidades. E especialmente uma liderança nata. A ponto que depois de pendurar as chuteiras,em 1995 jogando pelo Rio Branco de Paranaguá, iniciou ali mesmo, na terra de Fernando Amaro (Primeiro poeta paranaense) , carreira de treinador. 


Foto de 1992: Fica e Eu, no gramado do Estádio Durival de Britto e Silva (Vila Capanema). O zagueiro formou no Tricolor da Vila Campeão Brasileiro de 1992.

Interessante observar que Vica, a despeito do bom nome que construiu em sua passagem pelo futebol de Curitiba, não teve ainda uma oportunidade de dirigir uma de nossas equipes. Acompanhe os clubes que ele comandou até aqui:
Itumbiara, Anapolina, São Caetano, Nacional de Manaus, Atlético Goianiense, América de São josé do Rio Preto, Goiás, Santo André, Inter de Limeira, CRAC, Rio Preto, Londrina, Catanduvense, Fast Club, Caldense, Paysandu, Santa Cruz, Asa, River do Piaui.
A pergunta que faço é: Quando os dirigentes de Atlético, Coritiba e Paraná Clube vão descobrir que seu ex-xerife tem cacife para comandar suas equipes? Se eu fosse um deles, apostaria na capacidade de Vica como treinador.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Abaixo a Ditadura da Federação!!!

Inadmissível o que a Federação Paranaense de Futebol fez com a dupla Atletiba na tarde de ontem (19/02/2017). A entidade obrigou o árbitro Paulo Roberto Alves Jr. a suspender a realização do clássico mais tradicional do futebol de nosso estado sob a exdrúxula alegação de que havia pessoas não autorizadas em torno do campo de jogo. Na verdade, o que se fez foi violar o direito dos clubes - especialmente do Clube Atlético Paranaense, mandante da partida - de liberdade em seus próprios domínios. Houve uma invasão, arbitrária, indevida e imoral, coisa de ditadura, que fere todos os princípios democráticos. É mais uma mancha de lama que a FPF joga na história. Coisa de quem não tem o que fazer, que se contenta em atrapalhar, dar papelão, pagar vale, entre outras coisas do gênero.
Entendo que Fifa, Confederações, Federações, só fazem atrapalhar o futebol. São entidades que vivem das seleções, dos clubes, exploram suas imagens, ofendem seus direitos, se metem em coisas que não lhes dizem respeito. Tudo pela ganância de ganhar dinheiro, de tirar proveito das situações. Na verdade, não sei porque essas entidades querem tanta grana se não têm atletas, equipes técnicas para sustentar. Não têm torcida para atender. Elas deveriam se limitar a cumprir os desejos dos clubes, atender os interesses dos clubes. Ficar na delas. Mas não, querem aparecer, tirar proveito das situações financeiras, e ainda por cima, mostrar que mandam. Que se lixem.
Todo apoio ao Atlético e ao Coritiba se decidirem abandonar esse campeonato deficitário que a FPF faz tanta questão de "preservar".

sábado, 18 de fevereiro de 2017

WILSON BRUSTOLIN era a Verdadeira Alma do Tele-catch

Tacle, Tesoura Voadora, Que golpe espetacular, eram termos que ele usava com frequência em suas narrações nas noites de sábado pela Tv. Paranaense, Canal 12. Os mocinhos como o loiro Ted Boy Marino, ou o marombeiro Brasão, eram protegidos por ele. Já os bandidos como Metralha, Verduro & Cia quando sofriam um golpe, recebiam um "bem feito" sem dó nem piedade. Assim, Wilson Brustolin (de saudosa memória), dava alma e nos fazia acreditar que aquelas acrobacias todas sobre o ringue eram lutas verdadeiras. Isso assegurava uma audiência extraordinária à emissora da Família Ched, no final da década de 1960, início da de 70.
Eu era garoto, em minha casa nem aparelho de televisão havia (possuir um era coisa de gente rica, pois mesmo os menores custavam uma fábula). Eu era, então, tele-vizinho. Na verdade, meu vizinho era da quadra de cima e reunia as famílias mais chegadas em sua sala de estar para um evento nas noites de sábado: cada uma levava um quitute para saborearmos antes da transmissão, que começava às 22 horas. Na hora das lutas, havia torcida organizada. A maioria, claro, pelo Ted Boy Marino, que depois virou ator dos filmes dos Trapalhões.
Foi uma época memóraval, sem dúvida. Guardo grandes recordações daquelas transmissões, especialmente da maneira diferenciada que Wilson Brustolin as fazia.
Anos mais tarde, tive o prazer de trabalhar com Brustolin no rádio. Só então descobri que aquelas lutas eram muito bem ensaiadas e que até o sangue que rolava do rosto dos mocinhos era artificial. Ainda assim, não perdi o encanto. Especialmente porque o que me animava, mesmo, era a forma do Brustola narrar. Eu era seu fã de carteirinha. E o imitava em minhas primeiras narrações das peladas do Ideal, time de futebol suburbano de meu bairro, o Capão da Imbuia.
Wilson Brustolin é um dos personagens de meu livro "80 anos de gooooooooooooolllllllllllllllllllllllllllllllllll, a história do rádio esportivo no Paraná" (págs 122/123/124). Curitibano de nascimento (15 de maio de 1940), foi casado com Marlise, pai Cássia Regina, Márcia Maria e Rita de Cássia). Faleceu em 12 de janeiro de 2000.
Foi um fervoroso torcedor do Clube Atlético Ferroviário, posteriormente transferiu seu amor clubístico pelo Colorado e pelo Paraná Clube. 
Seu derradeiro trabalho no rádio esportivo foi ao meu lado, como comentarista, nas transmissões customizadas que realizamos na Rádio Eldorado, nos anos de 1990.
Saudades eternas, amigo e imortal Wilson Cardoso Brustolin.


Aqui o saudoso e imortal narrador Wilson Brustolin está ao lado de Serginho Prestes e família, jogador a quem ele admirava muito, na recepção do edifício onde eu residia em 1994.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

OS MAIORAIS DO GOL NO FUTEBOL BRASILEIRO

Tenho o privilégio de acompanhar futebol desde o final da década de 60, como torcedor e a partir da década de 70 na qualidade de  jornalista. Nestes anos todos, vi jogar goleiros espetaculares, acima da média. A começar por Manga, que vi atuar no Botafogo, no Inter e no Coritiba. Neste último, convivi diariamente com o atleta durante as duas temporadas em que ele defendeu as cores do Alvi-verde. Depois, vi Ado (londrinense) defender o Corinthians e a Seleção Brasileira. Para mim, ele sempre foi melhor que Leão. Ocorre que Leão usava bem o marketing e apareceu bem mais que Ado na mídia e na Seleção. Nos início dos anos 70, tive o prazer de ver e conviver com Célio Maciel, outro monstro sagrado da meta do Coxa. Depois, veio Jairo, fantástico, sem sombra de dúvidas, uma muralha. No Atlético dos anos 80 brilharam Roberto Costa e Rafael. Tão bons que levaram Geraldo Damasceno, o popular Geraldino, a promover um polêmico revezamento de goleiros na Baixada. No plano internacional, tive o prazer de conhecer e ver jogar outros imortais da meta, mas prefiro me ater aos goleiros brasileiros no post de hoje.
A propósito, vou apresentar agora uma interessante pesquisa de um conceituado instituto internacional especializado em estudos do futebol, o CIES. Acompanhe!
Os goleiros ocupam um status particular nas equipes de futebol. As qualidades necessárias para jogar nesta posição são muito diferentes daquelas exigidas dos jogadores de linha. O  Relatório Mensal do Observatório de Futebol do CIES compara as características do goleiro com as dos jogadores que atuam noutras posições.

O estudo confirma a especificidade da posição do goleiro com base nos seguintes critérios: altura, idade, origem e mobilidade. Do ponto de vista da altura, os clubes são cada vez mais reticentes para promover goleiros com menos de 1,90 cm. Esta observação ocorre particularmente na Inglaterra e na Alemanha, onde a altura média dos goleiros já é superior a 1,90 cm.

Quanto à idade, a análise revela maior longevidade dos goleiros. A importância dada à experiência é particularmente notável na Inglaterra e na Itália. Em ambos os casos, os arqueiros têm, em média, mais de 29 anos de idade. Em todas as ligas pesquisadas, os goleiros titulares são significativamente mais velhos do que os da reserva.

Do ponto de vista da origem, o relatório mostra que o mercado de trabalho dos goleiros é muito menos internacional do que o dos jogadores das outras posições. A diferença é mais destacada em relação aos centroavantes. O estudo também indica que a diferença na porcentagem de expatriados (importados) entre goleiros e os atletas que atuam na linha  tende a aumentar.

Finalmente, a análise destaca a maior estabilidade dos goleiros. Sua duração média de permanência em seu clube empregador é muito maior do que para os jogadores de linha. Neste caso também, a maior diferença foi observada em comparação com os atacantes. Estes últimos são os mais móveis no mercado de trabalho dos jogadores de futebol.






quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

BONS TEMPOS DO MAIOR ESTÁDIO DO MUNDO

Até o final dos anos 80, o Estádio Mário Filho (popularmente conhecido por Maracanã em virtude de estar localizado no bairro que tem este nome na cidade do Rio de Janeiro) era considerado o maior do mundo. Sua capacidade superava 150 mil lugares. Com o passar do tempo e as novas exigências da Fifa, essa fantástica capacidade de acomodar pessoas foi diminuindo até chegar à construção do novo Maracanã para a Copa de 2014: 78.813 lugares.
Felizmente vivi grandes e memoráveis momentos no Maracanã Maior do Mundo. Entre eles, destaco a cobertura que realizei, pela Rádio Clube Paranaense, ao lado do narrador Carneiro Neto e do comentarista (saudoso) Munir Calluf do histórico jogo entre Fluminense x Corinthians, pelo Campeonato Nacional de 1976 (Semifinais) quando mais de 70 mil corinthianos invadiram o Maior do Mundo e o público total oficialmente registrado foi de 146.043 torcedores.
Depois disso, trabalhando pela Rede Manchete de Televisão, ao lado de Paulo Stein, Edson Militão, Márcio Gues e Oscar Eurico, transmitimos para todo Brasil o título brasileiro conquistado pelo Coritiba, na noite de 31 de julho, madrugada de primeiro de agosto de 1985.
Também me marcou muito o jogo entre Flamengo e Colorado, em 1980, quando nosso goleiro Zico ficou no vestiário (foi ao banheiro e perdeu a hora de voltar, no intervalo de jogo) e o time de Vila Capanema iniciou o segundo tempo sem goleiro.
A última vez que estive no Maior do Mundo foi para transmitir, agora como narrador da Rádio Exclusiva FM (pioneira na transmissão de futebol em FM do Paraná), estive com o repórter e grande parceiro Paulo Mosimann (o Foguetinho) naquele Fla-Flu em que Renato Gaúcho marcou o famoso gol de barriga que decidiu o clássico a favor do Tricolor das Laranjeiras. Confira a foto minha com o Foguetinho, no Fla-Flu do Campeonato Carioca de 1995.

Foto tirada em 25 de junho de 1995, no até então Maior Estádio do Mundo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Por que Zico me recebeu na casa dele em 86?

A Seleção Brasileira voltou ao México, país do lendário tricampeonato mundial, 16 anos depois. Vinha com a geração de craques que encantou o planeta em 82, na Espanha. Alguns deles, no entanto, já não se encontravam no melhor de sua forma física. Entre os quais estava o extraordinário Zico, nosso eterno Galinho de Quintino. Ele vinha de uma cirurgia no joelho. Na partida com a França, já nas oitavas-de-final, precisou entrar em cena. No início do segundo tempo, Muller sentiu a perna e Telê mandou Zico para campo. Em apenas dois minutos, o craque enfiou uma bola maravilhosa para a penetração de Branco na grande área francesa. O lateral brasileiro foi derrubado. Pênalti marcado. Quem bateria? Zico, claro. Afinal, era especialista também nesse tipo de jogada. A galera brasileira já preparava o grito de gol quando o Galinho foi para a bola e, de pé esquerdo, executou a cobrança. Só que, dessa vez, Zico não foi feliz: cobrou mal a penalidade máxima, facilitando a defesa do goleiro Bats, no canto esquerdo baixo.
O jogo (por sinal um jogaço, não fora o trágico resultado para as nossas cores), terminou empatado em 1X1 e foi para a prorrogação, mas ninguém conseguiu marcar. Então, teve que ser decidido nas penalidades máximas. E aí, foi a vez de Sócrates e Júlio César desperdiçaram as cobranças brasileiras. No final, deu França 4X3. E o Brasil foi eliminado.
Depois do jogo, a maioria da imprensa e dos torcedores culpou Zico pelo fracasso brasileiro na Copa de 1986. O craque ficou aborrecido, claro. Evitou conceder entrevistas em território mexicano.
De volta ao Brasil, recebeu-me em sua casa (na Barra da Tijuca) e me concedeu uma entrevista exclusiva para a Rádio Clube Paranaense e para o Jornal Tribuna do Paraná. Isso graças à amizade que formamos em virtude de suas constantes vindas a Curitiba quando, em 1978, seu irmão Edú jogou no Colorado Esporte Clube. Eu fazia a cobertura diária do time de Vila Capanema e convivi muito com a família de Edú. Em suas folgas de segunda-feira no Flamengo, Zico costumava vir para Curitiba, visitar o irmão que, por sua vez, promovia churrasco para recebê-lo e me convidava. Então, nos tornamos amigos e muito próximos. Isso me rendeu a histórica entrevista exclusiva com o jogador brasileiro mais procurado pela imprensa depois do Mundial 86 no México. A foto que publico documenta o momento em que eu gravava, na sala de visitas da casa (muito linda, por sinal) de Zico.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

SeleBoca foi um fiasco no Paranaense de 1984


SELEBOCA é o apelido dado ao Colorado Esporte em 1984. Isso aconteceu porque Azis Domingos (de saudosa memória) promoveu a contratação de jogadores como Mauro Pastor, Marola, Geraldão, Eudes, entre outros, que haviam passado pela Seleção Brasileira. Assim, formou uma verdadeira Seleção de Craques em Vila Capanema. O time, no entanto, não correspondeu. Perdeu o Campeonato Paranaense para o Esporte Clube Pinheiros, equipe formada por garotos da base, que acabou sendo a sensação da temporada.
Na foto que apresento hoje vemos (em pé), da esquerda para a direita: Orlando, Marolla, Mauro Pastor, Gassen, Marildo, Dida e o prof. Tadeu Natálio. Agachados: Sergio Luis, Euler, Geraldão, Jaiminho e (?).
Convivi muito com essas feras, pois na época eu era repórter de rádio (Clube Paranaense), televisão (Tv. Iguaçu) e jornal (Tribuna do Paraná).

Colunas publicadas nos Jornais de Curitiba



Nas páginas do Caderno de Esportes da Tribuna do Paraná, em 1993, escrevi uma coluna preconizando que o Paraná Clube iria dominar a década no futebol paranaense. Amplie a imagem e leia o texto. Brevemente publicarei o livro Paraná Clube - A Década de Ouro. Aguarde!